Uma das versões da "Passarola", possivelmente para o ano de 1784.
No entanto, embora os "guardiões" de Bartolomeu queiram defender tal projeto absurdo.
Uma versão bem humorada da "Passarola"
Um artigo interessante sobre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, em 1905
Introdução
Claudio Antunes Boucinha
O artigo "Balão", do Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume II, págs. 31-34.
Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor transcrito por
Manuel Amaral , fez um histórico das pesquisas sobre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, servindo como ponto de partida para o estudos seguintes.
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Balão.
Os franceses pretendem ter a glória
da descoberta dos aeróstatos, dizendo que é devida aos irmãos José
e Estevão Montgolfier, de Annonay, no ano de 1783, e em 13 de
Agosto de 1883 solenizaram naquela pequena cidade, o centenário,
fazendo grandes festas em honra dos dois referidos irmãos.
Está, porém, bem averiguado,
que em 1709 já o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, natural do
Brasil, inventara uma máquina para andar pelo ar, cabendo portanto
a glória da invenção a Portugal e ao Brasil.
A este respeito tem-se
escrito bastante; até mesmo no Grand Dictionaire de Larousse,
no vol. 8.º, se encontra no artigo Gusman (Barthèlemy Lourenço),
uma notícia deste padre e do seu invento; na Nouvelle
Biographie Universelle também Ferdinand Denis publicou um
extenso artigo em que recompilou tudo quanto se havia escrito até
então sobre o assunto.
Em 1840, Francisco Freire de Carvalho leu na
sessão de 22 de Maio na Academia Real das Ciências de Lisboa, uma
interessante memória, a primeira investigação séria que se fez a
este respeito, e na qual o erudito académico designa algumas obras
do século XVIII, que falam do invento do padre Gusmão, e alguns
manuscritos por ele descobertos, que aludem à mesma invenção e
relativos a ela.
Essa memória foi publicada depois em 1843, na 2.ª
série, tomo I, parte 1.ª das Memórias
da referida Academia. Neste mesmo ano a Revista Universal ocupou-se
do mesmo assunto.
Em 1861, publicou o Dr. Augusto Filipe Simões
no Instituto de Coimbra uma série de artigos interessantes e
de grande valor cientifico, nos quais deu conhecimento ao público
das suas descobertas importantíssimas relativas ao assunto.
Em
1868, publicou então o referido professor o livro A invenção
dos aerostatos reivindicada, com tudo quanto se tinha escrito a
este respeito e no qual transcreve os seus artigos do Instituto. Inocêncio
Francisco da Silva, numa nota às Maravilhas do génio do homem, de
Amédée de Bast, traduzidas por Mateus de Magalhães em 1863,
apresenta ainda novos documentos sobre a questão.
No Ocidente,
vol. VI e VII, de 1883 e de 1884, também o Sr. Brito
Rebelo publicou uma série de artigos, na ocasião cm que se
celebraram em França as festas do centenário em honra dos irmãos
Montgolfier.
Mais obras se têm publicado em Portugal e no Brasil
tendentes a provar a prioridade da invenção a favor de Bartolomeu
Lourenço de Gusmão.
Os primeiros documentos autênticos,
que existem e se devem mencionar, são o requerimento que o padre
Bartolomeu dirigiu em 1703 a D. João V e o alvará passado a seu
favor.
O requerimento foi impresso em 1774.
É um opúsculo que tem
por titulo: Petição do Padre Bartolomeu Lourenço, sobre o
instrumento que inventou para andar pelo ar, e suas utilidades; segue-se-lhe
o requerimento, dizendo-se logo que tendo ido a informar ao
Desembargo do Paço, este o despachara favoravelmente.
No opúsculo
também vem o desenho da máquina e as explicações respectivas.
A
data da publicação parece estar errada, porque, segundo diz Inocêncio
no Dicionário
bibliográfico, vol. VII, pág. 13, Simão Tadeu
Ferreira, que imprimiu o opúsculo, só começou a ter oficina em
1781, e portanto a data poderá, ser 1784 ou 1794, como Inocêncio
calcula.
No requerimento lê-se o seguinte:
“Senhor: Diz o Padre
Bartolomeu Lourenço, que ele tem descoberto um instrumento para se
andar pelo ar da mesma sorte que pela terra, e pelo mar, e com muito
mais brevidade, fazendo-se muitas vezes duzentas e mais léguas de
caminho por dia, no qual instrumento se poderão levar os avisos de
mais importância aos exércitos e a terras mui remotas, quase no
mesmo tempo em que se resolverem; em que interessa Vossa Majestade
muito mais que nenhum dos outros Príncipes, pela maior distância
dos seus domínios; evitando-se desta sorte os desgovernos das
conquistas, que procedem em grande parte de chegar muito tarde a notícia
deles a Vossa Majestade. Além do que, poderá Vossa Majestade
mandar vir todo o precioso delas com mais brevidade, e mais
seguramente poderão os homens de negócio passar letras e cabedais
com a mesma brevidade. Todas as praças sitiadas poderão ser
socorridas tanto de gente como de munições e víveres a todo o
tempo, e retirarem-se delas todas as pessoas que quiserem, sem que o
inimigo o possa impedir. Descobrir-se-ão as regiões que ficam
mais vizinhas ao Pólo do
mundo, sendo da nação portuguesa a glória deste
descobrimento, que tantas vezes tem tentado inutilmente as
estrangeiras. Saber-se-ão verdadeiramente as longitudes de todo
o mundo, que por estarem erradas nos mapas causam muitos naufrágios,
além de infinitas conveniências, que mostrará o tempo, e
outras que por si são notórias, que todas merecem a real atenção
de Vossa Majestade. E porque deste invento tão útil se podem
seguir muitas desordens cometendo-se com o seu uso muitos crimes, e
facilitando-se mais na confiança de se poder passar a outros
reinos, o que se evita estando reduzido o dito uso a uma só pessoa,
a quem se mandem a todo o tempo as ordens que forem convenientes a
respeito do dito transporte, e proibindo-se a todas as mais sob
graves penas, e é bem se remunere ao suplicante invento de tanta
importância: Pede a Vossa Majestade seja servido conceder ao
suplicante privilégio de que, pondo por obra o dito invento,
nenhuma pessoa, de qualquer qualidade que for, possa usar dele em
nenhum tempo neste reino e suas conquistas, nem trazê-lo de fora
para o dito reino ou conquistas com qualquer pretexto sem licença
do suplicante ou de seus herdeiros, sob pena de perdimento de todos
os seus bens, a metade para o suplicante e a outra para quem o
acusar, e sobre as mais penas, que a Vossa Majestade lhe parecer que
pede a importância deste negocio, as quais todas terão lugar tanto
que constar que alguém faz o sobredito instrumento, ainda que não
tenha usado dele, para que não fiquem frustradas as ditas penas,
ausentando-se o que nelas tiver incorrido.”
O alvará de D. João V, depois
de repetir tudo quanto se lê no requerimento, diz o que se segue:
“Hei por bem fazer-lhe mercê ao Suplicante de lhe conceder o
privilégio de que pondo por obra o invento de que trata, nenhuma
pessoa de qualidade que for possa usar dele em nenhum tempo neste
Reino e suas conquistas com qualquer pretexto sem licença do
Suplicante, ou de seus herdeiros, sob pena de perdimento de todos os
seus bens, metade para o Suplicante e a outra metade para quem os
acusar; e só o Suplicante poderá usar do dito invento, como pede
na sua petição. Este Alvará se cumprirá inteiramente como nele
se contém, e valerá posto que seu efeito haja de durar mais de um
ano sem embargo da Ordenação do Liv. 2.º tit. 4.º em contrário.”
etc.
A máquina inventada por
Bartolomeu de Gusmão, que pela sua forma ficou conhecida pelo nome
de Passarola, e o seu inventor por o voador, vem
descrita, segundo a gravura que saiu no opúsculo em que falámos, e
a explicação a ela anexa, numa obra que se publicou em Lisboa, na
oficina de António Rodrigues Galhardo, quando em França se fizeram
as extraordinárias experiências dos irmãos Montgolfier e do
professor Charles, que foram imediatamente repetidas em Coimbra,
perante .os professores da Universidade.
O título da obra é o
seguinte: Descrição do novo invento aerostático, ou Máquina
Volante, do método de produzir o gás, ou vapor com que esta se
enche, e dalgumas particularidades relativas às experiências, que
com ela se tem feito; Com a notícia dum semelhante projecto,
formado em Lisboa no princípio deste século: e peças a ele
relativas.
Esta obra começa pela história da descoberta dos gazes ou ares factícios,
como ela lhes chama; e depois de descrever as invenções dos irmãos
Montgolfier e do professor de física Charles auxiliados pelos irmãos
Robert, acrescenta:
“Desejaríamos concluir esta matéria, fazendo
honra ao engenho Português, que já no princípio deste século
imaginou uma máquina para viajar pelos ares; mas ainda que é voz
constante, que tal máquina chegara a construir-se, e que
até se diz que ela se elevara ou voara do Torreão da Casa da Índia,
não podemos achar documento algum autêntico, nem fidedigno,
que ateste este facto. Acham-se em algumas livrarias, e nas mãos de
várias pessoas, cópias duma petição do teor seguinte.”
E
transcreve a petição, que acima descrevemos.
“Com estas cópias
se acha um desenho da mesma máquina, o qual, por uma explicação a
ele anexa, mostra qual devia ser a sua construção: ela segundo ali
se explica, seria da
figura dum barco, ou antes duma grande concha: seria forrado de
chapas de ferro, e por dentro de esteiras de tábua, para serem traídas,
umas por pedras de cevar, e outras por alambres, colocados na parte
superior da máquina; esta, sendo elevada pela dita atracão, ou forças
magnética e eléctrica, seria, mediante uma vela, impelida pelo
vento; e na falta deste, pelo que se lhe subministrasse com foles,
ali igualmente colocados para este efeito: dirigindo-se o rumo
com um leme posto na popa, e com umas pás, ou asas em ambos os
lados. Não é porém necessário ter muito conhecimento de Física
ou de Mecânica, para ver, que por estes princípios é
absolutamente impossível o elevar-se uma máquina volumosa e
pesada: nem parece mesmo crível que uma pessoa, que aliás deu
outras provas de inteligência e de engenho, pudesse jamais conceber
a ideia de fazer voar uma máquina de semelhante construção. Como
por outra parte há uma constante tradição, apoiada com a
autoridade de várias pessoas sensatas e de provecta idade, que
asseveram ter sempre ouvido, que a máquina, de que falamos, chegara
a elevar-se, e a voar, ao menos por um pequeno espaço,
devemos crer, que ela fosse doutro modo construída: e que o desenho
que agora vemos, não representa o artifício, que então se
praticou.”
Vê-se, portanto, que, apenas em França se fez a
importante descoberta, tentou-se em Portugal reivindicar essa glória
para os portugueses.
O autor, porém, da obra, não era pessoa
instruída bastante, pois que mostra ignorar as obras impressas no
princípio do século XVIII, e que falam do grande invento de
Bartolomeu de Gusmão; bem como não quis dar-se ao incómodo
de investigar nos arquivos públicos e bibliotecas os papéis e
manuscritos neles existentes.
Nesta mesma época, apareceram em França
várias obras falando do invento português, descrevendo-o e
apontando a época da experiência em Lisboa.
A estampa que
representa a máquina, cuja descrição se acaba de ler, e que vem
publicada no opúsculo a que nos referimos, é a que apresentamos
juntamente com as seguintes explicações que a acompanham:
A - Mostra o modo de velame, que
servirá para fazer cortar os ares, levando a sua derrota aquela
parte donde for dirigida.
B - Mostra o modo que terá para
se governar, pois sem leme seguiria sua vontade, e não a de seu artífice
piloto.
C.C. - Apontam o corpo da barca
que com o engraçado das conchas leva em cada vão um cano, que
interiormente (com foles para isso feitos) suprirão a falta de
vento.
D - Denota o feitio de umas asas
que não servirão mais que de a sustentarem para que não caia à
banda: porque tomando o vento em si, de nenhuma maneira a derribará.
EE
- Apontam as figuras
esféricas, em que está o segredo atractivo; são feitas de
metal: servem de cobertura para se não corromper a pedra de cevar,
que por dentro do pé que é oco, atrairá a si continuamente a
barca, cujo corpo é de madeira forrado de chapas de ferro, e pela
parte inferior forrada de estreitas tábuas, feitas de palha de
centeio para a comodidade da gente, que levará até dez homens, e
com o seu inventor onze.
F - Mostra a coberta feita de
arame a modo de rede em cujos fios se tem enfiado muita soma de
alambres, que com muita actividade ajudam a sustentar a barca, que
pela quentura do sol fará força para atrair a si as esteiras.
G - Mostra a agulha de marear;
porque sem ela não se podem guiar.
H - Mostra o artífice que com o
astrolábio, ou balestilha compasso, e carta de marear; toma a
altura do sol, para ver onde se acha.
II - Finalmente mostram as
roldanas, para por elas se alargar mais ou menos a escota de
qualquer parte que o vento faça feição.
No reverso da estampa lê-se o
seguinte:
“Não obstante que o autor da máquina diga, que dentro
do globo vai a magnete, cuja virtude fará subir a barca; contudo não
é a sua elevação por força da virtude atractiva, mas sim pela
força do gás, que os mesmos globos têm dentro; e a que o mesmo
autor chama segredo, que não quis declarar, talvez por boas
razões que para isso tivesse. O certo é que o autor era homem de
talentos e de grande capacidade e que a tal máquina foi
experimentada, segundo o testemunho de alguns velhos de probidade,
que ainda vivem na nossa corte, apesar de haver alguém que o
contradiga, talvez por malícia ou por ignorância, etc.”
No vol.
IX do Instituto
a pág. 132, o Dr. Filipe Simões discute cientificamente a
possibilidade de fazer com que semelhante máquina se elevasse no
ar, terminando por afirmar que não podia ser assim o artificio
aerostático inventado pelo padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão.
O visconde de Vilarinho de S.
Romão, numa carta dirigida a António Feliciano de Castilho e
publicada em 1843 na Revista Universal Lisbonense, rejeitando
por absurdas as explicações que precedem a estampa, e
interpretando-a a seu modo, quis
mostrar que nela tudo está muito bem combinado, e que a máquina
que representa podia voar. [Claudio Antunes Boucinha - O que era um disparate, como a história comprovou].
Segundo as suas suposições, no convés
da barca não haveria nenhuns foles, mas um balão cheio de hidrogénio;
as esferas em vez de servirem de caixas aos imanes, conteriam os
materiais necessários para a produção do gás; a vela,
finalmente, não seria mais que um pára-quedas, destinada a
diminuir a violência da descida em caso de desastre.
A memória
deste invento ficou viva na tradição.
O
ponto menos bem assente em todo este assunto tem sido o lugar da
experiência.
No tomo IX duma colecção de papéis políticos
portugueses, relativos aos séculos XVII e XVIII, que existe
actualmente no Museu Britânico, tendo pertencido ao desembargador
Matias Pinheiro, depois ao desembargador João Tavares de Abreu, e
sendo afinal comprada para o referido museu no leilão do poeta
Southey, existe uma cópia da petição do Padre Bartolomeu Lourenço
de Gusmão: Petição que fez o Padre Bartolomeu Lourenço ao
Desembargo do Paço para que se lhe concedesse fazer hum invento que
havia andar pelo ar, e com efeito se lhe concedeu, o qual fez e
levando-o à Casa da Índia o fez subir ao ar: 1709.
Diz Figaniére,
que há junto um desenho desta máquina aerostática, feito por
outra pessoa e em tempo posterior à petição, e bem assim a notícia
de uma obra impressa em Lisboa em 1774, descrevendo a tal máquina;
a dita obra saiu com o titulo: Máquina aerostática que pela
primeira vez se viu na Europa - inventada pelo célebre Bartolomeu
Lourenço por antonomásia
o Voador - Irmão do insigne Alexandre de Gusmão, lançada no ar no
castelo de São Jorge de Lisboa, donde o autor desceu nela ao
Terreiro do Paço em 20 de Abril de 1709, Lisboa, na oficina de
Simão Tadeu Ferreira, 1774 (Catálogo dos manuscritos
portugueses existentes no Museu Britânico, por F. F .de Ia
Figaniére, Lisboa, 1854).
Este livro é muito diferente
daquele com que saiu o desenho impresso no século XVIII.
A notícia
da experiência deu-a o beneficiado Francisco Leitão Ferreira,
contemporâneo de Bartolomeu Lourenço de Gusmão e seu consócio na
Academia Real de História. Depois de mencionar o alvará de D. João
V, escreve a seguinte nota:
"Fez a experiência em 8 de Agosto
deste ano de 1709 no pátio da Casa da Índia diante de sua
majestade e muita fidalguia e gente com um globo, que subiu
suavemente à altura da sala das embaixadas, e do mesmo modo desceu,
elevado de certo material que ardia e a que aplica o fogo o mesmo
inventor. Esta experiência se fez dentro da sala das embaixadas.”
O que não padece dúvida é que a máquina volante foi
experimentada e chegou a elevar-se na atmosfera.
A
experiência da Casa da Índia parece ter sido a última tentativa
de Gusmão para resolver o grande problema de que se ocupou.
Em
nenhuns documentos conhecidos aparecem notícias de posteriores
trabalhos.
Julga-se que fosse mal sucedido, e por isso abandonasse o
seu projecto.
Depois de se terem vulgarizado as experiências dos
irmãos Montgolfier, muitas pessoas se dedicaram ao estudo dos aeróstatos,
e longa seria a descrição desses estudos até á presente época.
As tentativas para se dar direcção aos aeróstatos toem sido
infrutíferas, e bastantes desastres têm causado, pela temeridade
dalguns aeronautas.
É um problema dificílimo, que até hoje ninguém
pôde resolver.
Há cerca de 17 anos [em 1905?], o Sr. Cipriano Jardim, antigo
oficial do nosso exército; também procedeu a grandes estudos,
procurando o meio de dar direcção aos balões, chegando a fazer
uma conferencia no teatro de S. Carlos, em 23 de Abril de 1888, mas
as suas tentativas, infelizmente, não alcançaram o êxito
desejado.
No Dicionário Universal Português, editado por
Henrique Zeferino de Albuquerque, vol. 3.º, vem um artigo extensíssimo
muito curioso a respeito dos balões.
Transcrito por Manuel Amaral O centenário da invenção dos aerostatosem França e o seu inventor o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão | |||||
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